Coordenadores dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia – entre eles o ex-reitor da UFSC, Prof. Alvaro Toubes Prata, atualmente diretor do INCT RT (Refrigeração e Termofísica) –, assinaram manifesto pela restauração do orçamento, pela eliminação do contingenciamento de recursos e pela preservação do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e da Finep (Financiadora de Pesquisa e Inovação). A notícia foi dada ontem (28) no Jornal da Ciência, disponível no link.
Recentemente, o CNPq informou a suspensão de novos contratos de bolsas de estudo e pesquisa, na esteira da redução de sua equipe de mil funcionários para 250. A comunidade científica teme que algumas bolsas possam ser descontinuadas já em setembro e que o Conselho seja extinto ou fundido à Capes, apesar das atuações distintas das duas agências. Enquanto o CNPq atua prioritariamente no apoio aos pesquisadores individualmente em todos os níveis, a Capes é prioritariamente focada no apoio às pós-graduações das Instituições de Ensino Superior. Por sua vez, a Finep apoia a inovação em empresas e os projetos de infraestrutura e de compra de equipamentos em Instituições de Ciência e Tecnologia, públicas e privada.
“A fusão ou a extinção de Agências (Federais de Fomento à Pesquisa Científica e Tecnológica) representará uma ação temerária, irreversível e um sério prejuízo para o desenvolvimento da nossa nação”, alertam os mais de 60 signatários do manifesto. Eles representam institutos voltados a temas tão diversos quanto Dengue e Madeiras da Amazônia.
Entre eles está o INCT RT, sediado no Polo (Laboratórios de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica), inaugurado em 1982 por professores do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC e desde 2014 Unidade EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). Hoje é considerado o maior laboratório da América Latina e um dos maiores do mundo no seu ramo de atuação.
“Os cortes de orçamento nas agências de fomento poderão afetar o POLO, que depende dos recursos federais para alavancar muitos dos seus contratos com as empresas. Adicionalmente, nós apoiamos fortemente nas bolsas de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado que também poderão ser afetadas pelas restrições orçamentárias”, disse o Prof. Prata.
Veja aqui o manifesto na íntegra.
Fonte: Divulgação/EMC