O estudante Fábio José de Camargo, orientado pelo Prof. Rolf Bertrand Schroeter, Dr.Eng. e coorientado pelo Prof. Denis Boing, Dr.Eng. (UNIFEBE), defenderá sua dissertação amanhã, sexta-feira (27), às 8h em Sala de Aulas do Labsolda, do Bloco B do EMC. A defesa é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. A sala tem capacidade para cerca de 40 pessoas.
Título: “INFLUÊNCIA DA DIREÇÃO DE CORTE NA PROGRESSÃO DO DESGASTE DE FERRAMENTAS DE PCBN APLICADAS NO TORNEAMENTO DO AÇO AISI 52100”
Resumo
Aplicações de alto desempenho exigem que componentes mecânicos como eixos, engrenagens, rolamentos e polias, sejam fabricados a partir de ligas de aços endurecidos. As características geométricas de tais componentes demandam do processo de fabricação a execução de operações na direção radial, como a usinagem das faces de engrenagens, ou axial, como o torneamento de acentos de rolamento em eixos. Neste sentido, este trabalho busca investigar a influência da direção de usinagem e da velocidade de corte no desempenho de ferramentas de PCBN. Para isso, foram realizados ensaios de torneamento radial e axial do aço AISI 52100, com dureza de 60 ± 2 HRC, empregando ferramentas de PCBN em três níveis de velocidade de corte (120, 150 e 187,5 m/min), visando determinar a progressão do desgaste das ferramentas, o comportamento das componentes da força de usinagem e o acabamento da superfície usinada. O tempo total de usinagem foi limitado a 19 minutos, dividido em 6 paradas programadas. Os resultados obtidos indicam que os maiores valores relacionados a desgaste, e com isso, as maiores taxas de desgaste foram atingidas pelas ferramentas utilizadas no torneamento axial. Entretanto, o incremento da taxa de desgaste, em função do aumento da velocidade de corte, foi maior para as ferramentas utilizadas no torneamento radial. Independente da direção ou da velocidade de corte utilizada, o perfil da microgeometria das ferramentas foi modificado de negativo, dado o
ângulo de saída efetivo, para positivo antes mesmo de o desgaste de flanco médio (VBB) atingir 150 μm. Ademais, concomitantemente às alterações da microgeometria, o comportamento das componentes da força de usinagem também foi modificado. Enquanto o perfil da microgeometria das ferramentas manteve-se negativo, o comportamento das componentes da força de usinagem manteve-se estável. A partir do instante em que o perfil da microgeometria tornou-se positivo, momento em que VBB era > 80 μm, a magnitude da força passiva (Fp) e da força de avanço (Ff) passou apresentar decaimento de até 100% durante a execução de um passe. Quanto ao acabamento da superfície usinada, a classe N6 (Ra até 0,8 ?m) é capaz de comportar todos os resultados obtidos.
Palavras-chave: PCBN. Progressão do desgaste. Torneamento radial e axial. Perfil da microgeometria. Componentes da força de usinagem.