O engenheiro Paulo Ricardo Caminha foi a 200ª pessoa a solicitar entrada na Alumni EMC (Associação de ex-alunos dos cursos de graduação e pós em Engenharia Mecânica e Engenharia de Materiais da Universidade Federal de Santa Catarina, bem como egressos da antiga Escola de Engenharia Industrial/EEI). Seu pedido foi aceito após análise do seu currículo, não restrito a atividades profissionais e sim rico em ações que qualificaram o egresso da UFSC a receber a Medalha do Mérito do Município de Florianópolis, em 2011.
Foi construindo o primeiro monoposto de competição do projeto Fórmula Fiat que Caminha, seu colega de curso, Paulo José Mendes Guedes (idealizador do projeto), e o Prof. Edison da Rosa apareceram na capa do livro Departamento de Engenharia Mecânica: História e Contribuições 1962-2008. No ano seguinte à formatura, em 1985 o engenheiro iniciou uma carreira de praticamente 35 anos – a serem completados em março de 2020 – na Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento). Trabalha na área operacional da empresa, com atenção especial à aplicação e manutenção de conjuntos motobombas e equipamentos para saneamento. Nesse período, fez mestrado em Engenharia Civil na UFSC e, por se dedicar também a “questões extracurriculares” recebeu o Troféu Manezinho da Ilha, resultado da sua paixão “por tudo que está relacionado à cultura da Ilha de Santa Catarina”.
Há 32 anos, teve início sua busca por documentos e imagens da antiga Florianópolis. Devido à colonização açoriana no estado, estendeu seu interesse ao arquipélago português e lá, em 2002, fez o curso Açores, em Busca das Raízes, oferecido pela Direção Regional das Comunidades nas ilhas Terceira, Pico e Faial. Em 2003, assumiu a Presidência da Casa dos Açores Ilha de Santa Catarina (na qual exerceu diversos cargos) e iniciou participação assídua no programa radiofônico Manhãs de Sábado, da Rádio e Televisão Portuguesa – Antena 1 Açores. Por suas intervenções radiofônicas, foi homenageado com o Voto de Saudação, aprovado por unanimidade por deputados da Assembleia Legislativa Regional dos Açores.
Abordando a herança cultural florianopolitana de base açoriana, Caminha fez palestras e exposições no Brasil e no exterior. Só no Canadá, em 2007, falou na Universidade de Toronto Canadá em 2007, Casa dos Açores do Ontário, Associação Musical Portuguesa de Montreal e Universidade de York em Toronto. Como pesquisador ou colaborador, colaborou com filmes dos cineastas Zeca Pires, Sílvio Back e Chico Faganello.
Caminha foi Conselheiro do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC – entidade que concedeu a ele o Troféu Açorianidade -, Presidente da Fundação Pró-Florianópolis, e Vice-presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Florianópolis. Envolve-se anualmente na festa do Divino Espírito Santo do Distrito de Santo Antônio de Lisboa e mantém um dos principais acervos iconográficos particulares tanto da Ilha de Santa Catarina como Ilha Terceira, nos Açores.
Para o futuro, tem projetos conjuntos com engenheiros da UFSC: “Com o Prof. Luiz Teixeira do Vale Pereira, meu grande amigo e cuja capacidade intelectual, profissional, literária, docente dispensa qualquer comentário, e com o acadêmico Gilberto Gerlach, da Academia Catarinense de Letras e engenheiro civil pela UFSC, estou preparando um livro sobre Ponte Hercílio Luz”.
Fonte: Divulgação EMC/UFSC