

Pesquisadores do Departamento de Engenharia Mecânica estão contribuindo para tornar ainda mais precisas as recomendações sobre as máscaras caseiras formuladas por um grupo do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O coordenador desta equipe, Dr. Carlos Rodrigo Zárate-Bladés, não se contentou em reunir aproximadamente 60 pesquisadores da UFSC e disponibilizar um guia para que as pessoas possam fabricar suas próprias máscaras faciais: o médico também aceitou o convite para conhecer, na semana passada, equipamentos que poderiam enriquecer a pesquisa em andamento no CCB (detalhes em https://noticias.ufsc.br/2020/04/coronavirus-especialistas-da-ufsc-ensinam-a-fabricar-mascaras-caseiras-seguras.)

Dois doutorandos em Engenharia Mecânica, Alberto Bonamigo e Daniel Galeazzi, além do pesquisador Marcelo Okuyama e do Prof. Régis – todos do LABSOLDA – recepcionaram Carlos Rodrigo Zárate-Bladé, também professor na UFSC, para a realização dos testes.
“Ele esteve duas vezes no LABSOLDA, portando diferentes tipos de máscaras, com as quais fizemos testes, disse o Prof. Régis Silva, supervisor do Instituto de Soldagem e Mecatrônica (LABSOLDA). “Com nossos sistemas de monitoramento e análise por imagem, conseguimos resultados qualitativos comparativos entre os tipos de máscaras. As técnicas avaliam o que passa pela máscara, via filmagem térmica e filmagem de alta velocidade.”
“Um dos pontos que tratamos com o Prof. Carlos foi o fato de que nossas aplicações para as tecnologias de imagem são totalmente distintas da análise de máscaras. Usamos a filmagem técnica para estudar e desenvolver processos e automação da soldagem. Assim, não temos conhecimento sobre normas ou requisitos de testes de máscaras”, pondera o Prof. Régis. Ele conta que ousou adaptar os conhecimentos da Engenharia Mecânica na saúde porque “o momento de emergência pede ações rápidas”.
Associando dados do guia elaborado pelo CCB com informações que circulam pela internet sobre técnicas para avaliação de máscaras e dinâmica da emissão de gotículas pelo trato respiratório (tosse, espirro, fala), o Prof. Régis achou que podia contribuir para testes de máscaras, até porque viu testes de máscaras com filmagem via celular e uso de desodorantes em spray.
A tecnologia de filmagem térmica já tinha sido aventada por pesquisadores do LABSOLDA para triagem térmica rápida de pessoas com suspeita de infecção por Covid-19. Eles emprestaram uma câmera termográfica ao Hospital Universitário e treinaram seus profissionais no dia 26/03. Desde o início da pandemia, diversos grupos do Centro Tecnológico e de outros setores da UFSC, de diversos campi, têm se juntado a agentes de saúde no combate ao coronavírus. Saiba mais em https://noticias.ufsc.br/tags/ufsc-solidaria/
Fonte: Heloisa Dallanhol
Equipe de Divulgação EMC/UFSC