Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC recebe mais de dez alunos estrangeiros para cursar disciplinas em 25.2

Maioria dos estudantes vêm de Portugal e França

Conhecer pessoas novas, participar de grupos de estudos com estudantes de outros nações, cursar disciplinas interessantes e estar em contato com diferentes culturas, idiomas e costumes, são os principais motivos que levam universitários estrangeiros a realizar intercâmbio em Florianópolis. Categorizada como a terceira melhor universidade federal do Brasil, de acordo com dados publicados pelo Ministério da Educação (MEC) em abril de 2025, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) possui convênios com múltiplas instituições de ensino superior ao redor do mundo e recebe cada vez mais estudantes de outras nações a cada ano, nos mais de 100 cursos de graduação oferecidos pela universidade.

E quando volta-se o olhar, mais especificamente, ao Departamento de Engenharia Mecânica (EMC) da UFSC, o cenário é ainda mais positivo. Isto porque, no segundo semestre de 2025, o EMC recebeu 14 alunos estrangeiros para cursar disciplinas no Departamento. A maior parte dos estudantes vêm de Portugal e França, mas também há a presença de discentes italianos, alemães e canadenses. A lista de matérias escolhidas pelos estudantes é variada; são mais de dez aulas diferentes no total, com temáticas que abordam desde soldagem e veículos automotores, até termodinâmica e energias renováveis.

Rafaela Pinho da Cruz, estudante da Universidade de Lisboa que, atualmente, cursa cinco disciplinas ofertadas pelo EMC, diz que um dos principais motivos que a fez escolher Florianópolis como seu destino, foi o bom feedback recebido de colegas de sua instituição de ensino, que conheceram a UFSC em semestres anteriores. “A qualidade me surpreendeu positivamente. O nível das disciplinas e dos docentes é muito bom, aqui os professores são muito mais práticos e explicam as disciplinas de forma tranquila, de modo que conseguimos ter um estudo progressivo e acompanhar bem as matérias”, conta. De acordo com Rafaela, conhecer de forma mais profunda os aspectos culturais do país também é um ponto que torna a experiência de estudar na UFSC mais interessante para quem vem de fora. “Conhecer o Brasil, as comidas típicas, o clima de Florianópolis e ter acesso a uma realidade diferente de Portugal, são motivos fortes que me trouxeram para cá”, afirma.

Já para Diogo Domingos, também estudante da Universidade de Lisboa que está cursando, neste semestre, matérias oferecidas pelo EMC, além da boa qualidade de ensino e da amplitude do campus universitário, os espaços diversos da cidade são muito atrativos para aqueles que buscam conhecer a UFSC. “Além da universidade, a ilha é bem segura, bonita e tem muitos lugares para praticar esportes, como o surf”. Domingos conta que ao conhecer a UFSC, notou diferenças marcantes entre as práticas de ensino e o ambiente das universidades brasileiras e européias. “Aqui, nós devemos comparecer obrigatoriamente às aulas, enquanto que, em Portugal, não. Isso é algo positivo, porque estar presente em sala e ver os professores explicando no quadro, passo a passo, ajuda muito”, detalha.

Em relação à experiência de ministrar disciplinas para alunos estrangeiros, de acordo com Eduardo Fancello, docente do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, a dinâmica de parceria entre múltiplas instituições de ensino superior, que proporciona intercâmbio para estudantes de diversos países, é essencial e traz benefícios interessantes. “É uma iniciativa importante, tanto para os alunos que vêm de fora, quanto para os alunos daqui. Isso acaba por estimular e abrir a mente dos nossos estudantes para que também façam isso no futuro”, diz. Fancello explica que, além da importância acadêmica promovida por este tipo de ação, outros fatores como cultura e idioma também representam elementos fundamentais para a atração de novas pessoas para o Departamento. “Essa possibilidade de entrar em contato com pessoas que tem outras perspectivas e vivências é muito rica, principalmente por conta das trocas culturais, linguísticas e de pontos de vista”, comenta.

Texto por Maria Victória Sampaio.