O estudante Lucas Debatin Vieira, orientado pelo Prof. Celso Peres Fernandes e coorientado pelo Prof. Breno Leitão Waichel (GCN/UFSC), defenderá sua dissertação na próxima quinta-feira (27/02) às 14h, na sala de reuniões 1 (Bloco A/EMC). A defesa é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais. A sala tem capacidade para cerca de 16 pessoas.
Banca:
Prof. Celso Peres Fernandes, Dr. Eng. (Presidente/Orientador)
Prof. Lucas de Magalhães May Rossetti, Dr. Eng. (UFMT)
Iara Frangiotti Mantovani, Drª. Eng. (LMPT/UFSC)
Título: “Análise multiescalar de sistemas porosos vulcânicos a partir de imagens tomográficas de raios X”
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo caracterizar o meio poroso multiescalar primário e secundário de rochas do Grupo Serra Geral (GSG), por análise de imagens tomográficas. Para isto, duas amostras de derrames pahoehoe pertencentes ao GSG foram escolhidas, além de sub-amostras extraídas das mesmas. O Grupo Serra Geral constitui a maior parte da Província Magmática Paraná-Etendeka, uma das maiores Províncias Basálticas Continentais (PBCs) do mundo. Sabe-se que PBC e seus produtos vulcânicos podem desempenhar diferentes papéis dentro de um sistema petrolífero, além de serem uma nova fronteira para o armazenamento de dióxido de carbono, tendo suas propriedades regidas pelas características do seu meio poroso secundário, enquanto que o primário fornece informações sobre a história de consolidação do magma. Os resultados obtidos neste trabalho mostram uma diminuição entre as porosidades primárias e secundárias das rochas, devido ao fechamento dos poros primários. Há também diferenças entre os valores obtidos por análise de imagens quando comparados com dados experimentais da literatura, devido à limitação da tomografia em registrar os diferentes tamanhos de poros de um meio poroso heterogêneo. No entanto, ao unir diferentes escalas de um mesmo material, a porosidade das rochas aumenta significativamente e se aproxima dos dados experimentais. Espere-se que, quanto maior for o número de amostras e sub-amostras, melhores serão os resultados obtidos pelo modelo multiescalar. Salienta-se que os volumes utilizados para as amostras não são representativos, o que pode ser resolvido com o aumento do número de amostras ou utilização de técnicas que forneçam imagens de melhor resolução. A falta de representatividade não influiu na eficácia da microtomografia de raios X para caracterizar o meio poroso de rochas vulcânicas, pois tanto os poros primários como os secundários puderam ser analisados qualitativamente e quantitativamente, em duas e três dimensões.
Palavras-chave: Análise de imagens, Composição multiescala, Rochas vulcânicas