O estudante Francisco Alves Vicente, orientado pelo Prof. Cristiano Binder e coorientado por Bruno Borges Ramos, defenderá seu TCC na próxima sexta-feira (14/02), às 9h, no Auditório do EMC (Bloco A). A defesa é vinculada ao Curso de Graduação em Engenharia de Materiais. O auditório tem capacidade para 64 pessoas.
Banca:
Prof. Cristiano Binder, Dr. Eng. (Orientador/ Presidente)
Prof. Rodrigo Perito Cardoso, Dr. Eng.
Prof.ª Sônia Hickel Probst, Dra. Eng.
Título: “Avaliação da resistência à corrosão do aço SAE 1020 nitretado e com filme de DLC, utilizando-se como soluções eletrolíticas suor artificial e NaCl 3,5%”
Resumo:
O contato entre componentes metálicos e o suor humano acontece frequentemente na fabricação e utilização de produtos, ferramentas e equipamentos. Devido à sua composição ácida e salina, o suor pode atuar como meio corrosivo nos metais, promovendo sua degradação. Os filmes de Diamond-like carbon (DLC) são extensamente empregados na indústria devido à suas propriedades mecânicas e tribológicas. Além disso, a alta inércia química e baixa condutividade elétrica do revestimento podem ser utilizadas para melhorar a resistência à corrosão de materiais metálicos, devido à seu efeito de barreira. A melhora da resistência à corrosão do aço revestido por DLC em soluções salinas é comprovado, mas não há estudos que avaliem o suor como meio corrosivo. Esse trabalho propõe a avaliação da resistência à corrosão do aço SAE 1020 nitretado e revestido por DLC em uma solução de suor artificial e em uma solução de NaCl 3,5 %. A influência da topografia também foi analisada, a fim de avaliar-se o efeito de defeitos no filme na resistência à corrosão. As topografias foram obtidas por jateamento e por lixamento, e o tratamento à plasma foi realizado em atmosfera composta por N2, H2, CH4 e Ar durante a nitretação, e H2, CH4 e C6H18OSi2 durante a deposição do DLC. Os filmes foram avaliados por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV), interferometria óptica, espectroscopia Raman, e ensaios tribológicos de durabilidade. Os filmes depositados em substrato lixado apresentaram menor quantidade de defeitos e melhor desempenho tribológico, e não houve variação estrutural entre os filmes depositados em topografias diferentes. Técnicas de potencial de circuito aberto (PCA) e polarização potenciodinâmica cíclica (PPC) foram empregadas para caracterizar a resistência à corrosão das amostras revestidas. Constatou-se melhora na resistência à corrosão das mostras revestidas nos ensaios em ambos meios corrosivos. Na solução salina, observou-se diminuição da corrente de corrosão (icorr) e aumento do potencial de corrosão (Ecorr) nas amostras revestidas, e que o efeito da corrosão é profundamente relacionado com a quantidade de defeitos no filme. Na solução de suor artificial, observou-se a formação de uma região passiva durante o ensaio. No entanto, a quantidade de defeitos alterou apenas os valores de icorr demonstrando que, independente da inércia química do filme, a solução de suor causa uma deterioração mais agressiva do revestimento.
Palavras-chave: Corrosão, Diamond-like carbon, Plasma, Suor artificial