Em tempos de Covid-19, a tecnologia de simulação computacional vem barateando e acelerando pesquisas, além de orientar a produção de equipamentos hospitalares para tratar a doença. A ESSS, empresa oriunda do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, direcionou seu desenvolvimento de softwares para modelar inaladores, escalar a produção de máscaras de proteção e até mesmo calcular medidas de convívio social que limitam a propagação do novo coronavírus.
Exemplo disso é o software Ansys, capaz de simular situações cotidianas para determinar as distâncias que uma pessoa deve tomar de outra durante conversas, atividade física ou em outros casos. Um metro é pouco (como atesta o vídeo em https://youtu.be/xSju5sb1br4)
Outra funcionalidade do Ansys é apontar os ajustes necessários para que máscaras sejam seladas adequadamente e possam reduzir o risco de infecção (demonstração em https://youtu.be/lASjM_ZcWGM ).
Desinfecção de ambientes
A simulação por meio do software ainda permite que profissionais de saúde otimizem o design de salas de pressão negativa e assim reduzam sua exposição ao corona enquanto atendem os pacientes.Tudo conta, inclusive a posição de entrada da ventilação e a capacidade do soprador para evitar que partículas orais e nasais circulem no ambiente (https://youtu.be/3Edte1VlCyY).
Antes mesmo do surgimento do vírus SARS-CoV-2, as doenças respiratórias já causavam alta taxa de mortalidade global. Desde o ano passado, a Universidade de Oklahoma usa o Ansys e outro software da ESSS chamado Rocky para compreender o transporte de partículas finas nas vias aéreas humanas e assim modelar inaladores (dispositivos de administração de medicamentos pulmonares). O Rocky auxilia a modelagem de inaladores para tratamento de doenças respiratórias e já foi objeto de artigo dos pesquisadores Jianan Zhao e You Feng, da Escola de Engenharia Química da universidade norte-americana e repercutiu no Brasil em jornais como o Estado de Minas (https://www.em.com.br/app/colunistas/amauri-segalla/2020/05/04/interna_amauri_segalla,1144071/empresas-pressionam-por-reabertura-mas-vao-faltar-clientes.shtml).
25 anos no mercado
Em 1995, a ESSS (Engineering Simulation and Scientific Software) nasceu a partir de pesquisas na UFSC, especificamente no SINMEC (Laboratório de Simulação Numérica em Mecânica dos Fluidos e Transferência de Calor). “É a maior spin off saída da (Engenharia) Mecânica e provavelmente a mais internacional”, disse o coordenador do laboratório, Prof. Clovis Raimundo Maliska.
Atualmente, a multinacional sediada em Florianópolis conta com mais de 180 funcionários em seus escritórios no Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Estados Unidos, Espanha, França e Portugal. Seus mais de 500 clientes provém de segmentos industriais como óleo e gás, aeroespacial, automotivo, metal mecânico, geração de energia, turbomáquinas, processos químicos e mineração.
O presidente da ESSS desde sua criação é Clovis Maliska Júnior, que fez graduação e mestrado em Engenharia Mecânica na UFSC.
Fonte: Heloisa Dallanhol
Equipe de Divulgação EMC/UFSC