Ao longo de 2020 e do próximo ano, gradativamente o Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica (Posmec) da UFSC vai oferecer 45 disciplinas em inglês, número que o torna o campeão neste quesito. Em segundo lugar, com três disciplinas naquele idioma, ficou o Programa de Pós-Graduação em Física; e em terceiro, com duas, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica., conforme levantamento da a Secretaria de Relações Internacionais (Sinter).“Somos vanguarda também no processo de internacionalização na UFSC”, afirmou o Prof. Jonny Carlos da Silva, coordenador do Posmec. “A longo prazo, o ensino em inglês passará a ser um diferencial para o curso. A ideia é elevar o nível dos alunos aos poucos e fazer um modelo de transição, para não prejudicar ninguém.”
Em breve, a Sinter lançará um catálogo de disciplinas a serem ministradas em línguas estrangeiras, incluindo o espanhol. Seu objetivo principal é atrair mais estudantes, professores e pesquisadores de instituições internacionais, entre outras metas apresentadas no Plano Institucional de Internacionalização. “Em vez de só mandarmos alunos para fazer intercâmbio durante o mestrado e o doutorado no exterior, partimos para uma nova fase. Tudo indica que vai haver um fluxo internacional mais intenso na UFSC”, disse o Prof. Jonny, um dos 31 professores do Posmec que se prontificaram a lecionar em inglês, após consulta realizada em 2019.
Esforço coletivo
A partir do 1º Colóquio de Internacionalização da UFSC, realizado em 2018, a Sinter vem buscando o comprometimento da comunidade acadêmica para que tanto ensino e pesquisa, quanto extensão e gestão sejam beneficiados pela internacionalização.
“A maioria pensa na mobilidade de professores e professores, mas não em internacionalização de uma forma abrangente. A UFSC é uma das poucas instituições que têm essa visão”, ponderou o Prof. James Butterfield, especialista da Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos e Brasil (Fulbright). Ele esteve na UFSC também em 2018 para conhecer o Plano Institucional de Internacionalização, bem como as estratégias da Sinter e de outros órgãos envolvidos para implementá-lo. “Demos pouca ênfase para a graduação, mas vamos direcionar nossas atividades e essas contribuições do Prof. Butterfield nos farão pensar melhor sobre como estabelecer prioridades para a pós-graduação e como fazer isso repercutir na graduação”, pontuou o Prof. Paulo Emílio Lovato, membro do Grupo Assessor da Diretoria de Relações Internacionais da CAPES e organizador da vinda do norte-americano para se encontrar com docentes e autoridades da UFSC, entre elas a Prof. Cristiane Derani, Pró-reitora de Pós-Graduação da universidade catarinense.
“Internacionalizar significa estimular a colaboração entre docentes de diferentes países, oferecer cursos de graduação e pós-graduação em língua estrangeira, além de pensar também nos alunos que não vão viajar. Como incluir esses alunos para que eles também tenham acesso a uma educação internacionalizada, que reflita o mundo atual?”, questionou o Prof. Butterfield.
Até 2018, a UFSC disponibilizava apenas três disciplinas em inglês na graduação e 51 na pós, segundo informações da Sinter. Esses números cresceram com a aplicação do PDI, que tem como metas adicionais a promoção do acesso igualitário à aprendizagem de idiomas por parte de alunos, professores e servidores, o ensino da língua portuguesa para estrangeiros, e a formação de professores para o ensino de disciplinas em línguas estrangeiras, escrita de artigos e submissão de trabalhos em eventos internacionais nesses idiomas.
Fonte: Divulgação EMC/UFSC